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Canção do Exílio (Revisitada)

Gonçalves Dias:

“Minha terra tem palmeiras

Onde canta sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.”

Fosse o poeta do tronco Tupi, poderia ser:

“Xe retama orekó pindóetá

Mamó nheengara sabiá;

Gûrá iké onhe’ éngyba’e,

Nd’onhe’ éngi akûeîpendûara îabé.

Fosse ele um “passarinheiro” atento, indagaria e analisaria:

Qual palmeira? Qual sabiá?

A palmeira seria uma Juçara, Euterpe edulis?

O sabiá seria o una, Turdus flavipes?

Eduardo Seraphim